A palavra
Universo é geralmente definida como englobando tudo. Entretanto, usando uma definição alternativa, alguns cosmologistas têm especulado que o "Universo", composto do "espaço em expansão como o conhecemos", é somente um dos muitos "universos", desconectados ou não, que são chamados
multiversos.
[1] Por exemplo, em
Interpretação de muitos mundos, novos "universos" são gerados a cada medição
quântica[carece de fontes]. Acredita-se, neste momento, que esses universos são geralmente desconectados do nosso, portanto, impossíveis de serem detectados experimentalmente
[quem?]. Observações de partes antigas do universo (que situam-se muito afastadas) sugerem que o Universo vem sendo regido pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão e história. No entanto, na
teoria da bolha, pode haver uma infinidade de "universos" criados de várias maneiras, e talvez cada um com diferentes
constantes físicas.
Ao longo da história, varias
cosmologias e
cosmogonias têm sido propostas para explicar as observações do Universo. O primeiro modelo
geocêntrico quantitativo foi desenvolvido pelos
gregos antigos, que propunham que o Universo possui espaço infinito e tem existido eternamente, mas contém um único conjunto de círculos concêntricos
esferas de tamanho finito - o que corresponde a
estrelas fixas, o
Sol e vários
planetas – girando sobre uma esférica mas imóvel
Terra. Ao longo dos séculos, observações mais precisas e melhores teorias levaram ao
modelo heliocêntrico de
Copérnico e ao modelo
newtoniano do
Sistema Solar respectivamente. Outras descobertas na astronomia levaram a conclusão de que o Sistema Solar está contido em uma
galáxia composta de milhões de estrelas, a
Via Láctea, e de que outras galáxias existem fora dela, tão longe quanto os instrumentos astronômicos podem alcançar. Estudos cuidadosos sobre a distribuição dessas galáxias e suas
raias espectrais contribuíram muito para a cosmologia moderna. O descobrimento do
desvio para o vermelho e da
radiação cósmica de fundo em micro-ondas revelaram que o Universo continua se expandindo e aparentemente teve um princípio.
Esta imagem em alta-resolução do
Hubble ultra deep field, mostra uma grande variedade de galáxias, cada uma composta de bilhões de estrelas. As pequenas galáxias avermelhadas, aproximadamente 100, são algumas das galáxias mais distantes fotografadas por um telescópio óptico, existentes no momento logo após o Big Bang.
De acordo com o modelo científico vigente do Universo, conhecido como
Big Bang, o Universo surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia do
universo observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente quente chamada
Era de Planck, . A partir da Era Planck, o Universo vem se
expandindo até sua atual forma, possivelmente com curtos períodos (menos que 10
−32 segundos) de
inflação cósmica. Diversas medições experimentais independentes apoiam teoricamente tal expansão e a Teoria do Big Bang. Esta expansão tem-se acelerado por ação da
energia escura, uma força oposta à gravidade que está agindo mais que esta devido ao fato das dimensões do Universo serem grandes o bastante para dissipar a
força gravitacional.
[2] Porém, devido ao escasso conhecimento a respeito da energia escura, é ainda pequeno o entendimento do fenômeno e sua influência no
destino do Universo.
[2]
Atuais interpretações de observações astronômicas indicam que a
idade do Universo é de 13,73 (
± 0,12) bilhões de anos,
[3] e seu diâmetro é de 93 bilhões de
anos-luz ou
8,80 ×1026 metros.
[4] De acordo com a
teoria da relatividade geral, o espaço pode expandir-se tão rápido quanto a velocidade da luz, embora possamos ver somente uma pequena fração do universo devido à limitação imposta pela velocidade da luz. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou infinita.
[editar] Etimologia, sinônimo e definição
-
A palavra
Universo deriva do
francês antigo Univers que por sua vez deriva do
latim universum.
[5] A palavra latina foi usada por
Cícero e posteriormente outros autores com o mesmo sentido que é usada atualmente.
[6] A palavra latina é derivada da contração poética
Unvorsum — usada primeiramente por
Lucrécio no Livro IV (linha 262) de seu
De rerum natura (
Sobre a Natureza das coisas) — que conecta
un, uni (a forma combinada de
unus, ou "one") com
vorsum, versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de
vertere, que significa "algo rodado, rolado ou mudado").
[6]. Lucrécio usou a palavra com o sentido "tudo em um só, tudo combinado em um".
Captulação artística (exagerada) de um
pêndulo de Foucault mostrando que a Terra não é fixa, mas gira
Uma interpretação alternativa de
unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para Universo no grego antigo,
περιφορα, "algo transportado em um círculo", originalmente utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno de um círculo de mesas.
[7] Esta palavra grega refere-se a
um modelo grego antigo do universo, onde toda matéria está contida dentro de esferas giratórias centradas na Terra; de acordo com
Aristóteles, a rotação da
esfera ultraperiférica era responsável pelo movimento e mudança de tudo. Era natural para os gregos assumir que a Terra era estacionária e que os céus giravam sobre a ela, porque cuidadosas medidas
astronômicas e físicas (como o
Pêndulo de Foucault) são necessárias para provar o contrário.
[editar] Subdivisões
O Universo subdivide-se em
Aglomerados de Galáxias, que se subdividem em
grupos de galáxias (com aproximadamente entre 3 e 5 milhões de
anos luz de diâmetro), que se subdividem em
galáxias, que se subdividem em
sistemas solares, que contêm
corpos celestes, como
estrelas,
planetas,
asteroides, entre outros.
Nesta altura, é ainda impossível garantir que o Universo continuará a
expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se eventualmente essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. Esta última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenômeno inverso ao
Big Bang, o
Big Crunch, leva à conclusão de que este Universo poderá ser apenas uma instância distinta de um conjunto mais vasto, a que outros 'Big Bangs' e 'Big Crunches' deram origem. O filósofo alemão
Friedrich Nietzsche propôs a hipótese, na sua teoria do
Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.
[editar] Ver também
Referências
- ↑(December 8, 2009) "How many universes are in the multiverse?": 12.
- ↑ a b Aceleração genial. Ciência Hoje (4 de outubro de 2011). Página visitada em 12 de outubro de 2011. "Mas o que causa a expansão acelerada do universo? A ideia mais aceita hoje é que a constante cosmológica, rejeitada por Einstein, é a responsável. Essa força oposta à gravidade é chamada de energia escura e acredita-se que seja responsável por mais de 70% do universo. A energia escura teria ganhado força há aproximadamente cinco bilhões de anos, quando a primeira expansão do universo, iniciada com o Big Bang, estava perdendo força. A matéria existente no cosmos já havia se dispersado o suficiente para ‘diluir’ a força da gravidade, permitindo que a influência da energia escura se manifestasse e reiniciasse a expansão cósmica. “Hoje há várias hipóteses, mas ainda não entendemos bem o que é a energia escura“, diz Makler. “Grandes projetos estão em andamento para caracterizá-la e certamente em 10 anos já saberemos mais, embora se acredite que o entendimento completo desse fenômeno vá demorar.”"
- ↑ Chang, Kenneth. (2008-03-09). "Gauging Age of Universe Becomes More Precise". New York Times.
- ↑ Lineweaver, Charles; Tamara M. Davis (2005). Misconceptions about the Big Bang. Scientific American.
- ↑ Edição Compacta do Dicionário Inglês Oxford, volume II, Oxford: Oxford University Press, 1971, p.3518.
- ↑ a b Lewis and Short, A Latin Dictionary, Oxford University Press, ISBN 0-19-864201-6, pp. 1933, 1977–1978.
- ↑ Liddell and Scott, A Greek-English Lexicon, Oxford University Press, ISBN 0-19-864214-8, p.1392.
[editar] Ligações externas
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